Nos últimos meses, a Secretaria Municipal de Saúde de Cruzeiro do Oeste teve um gasto significativo com consultas e atendimentos especializados que nunca aconteceram. Isso porque muitos pacientes simplesmente não comparecem às consultas e especialidades médicas agendadas por meio do CISA (Consórcio Intermunicipal de Saúde), o que gera prejuízos diretos aos cofres públicos e prejudica a fila de quem realmente precisa do atendimento.

Um levantamento recente, com base em relatórios oficiais do CISA entre 1º de janeiro e 18 de março de 2025, revela um cenário alarmante: Cruzeiro do Oeste acumulou R$ 18.975,00 em despesas com serviços contratados e pagos, mas não utilizados por conta da ausência dos pacientes.

Confira os valores desperdiçados por mês:

• Janeiro: R$ 2.713,00 (59 consultas e especialidades médicas não realizadas)

• Fevereiro: R$ 11.977,00 (186 consultas e especialidades médicas não realizadas)

• Março (até dia 18): R$ 4.285,00 (70 consultas e especialidades médicas não realizadas)

Cada consulta, exame ou atendimento especializado é pago pelo município ao CISA, independentemente de o paciente comparecer ou não. Quando o atendimento não acontece, esse valor é literalmente jogado fora, pois não há reembolso ou remarcação automática — é um recurso perdido que poderia ser investido em medicamentos, exames ou melhorias nas unidades de saúde.

Quem perde com isso?

• A própria população, que enfrenta filas e atrasos por conta de pessoas que não valorizam o serviço disponível.

• O sistema de saúde, que poderia atender mais pessoas se cada vaga fosse respeitada.

• Os cofres públicos, já que o dinheiro desperdiçado não retorna e precisa ser retirado de outras áreas prioritárias da saúde.

Compromisso é respeito.

Faltar a uma consulta sem aviso prévio é tirar a chance de outro cidadão ser atendido e, ainda por cima, prejudicar o município financeiramente. Saúde não é brincadeira, e cada vaga não ocupada representa um atendimento perdido e um prejuízo que afeta todos nós.

Ajude a mudar essa realidade.

Compareça aos seus atendimentos e, se não puder ir, avise com antecedência à unidade de saúde responsável.

A saúde pública é um direito de todos, mas também depende da responsabilidade de cada um.

Flávio Posseti – Secretário Municipal de Saúde de Cruzeiro do Oeste